Onde está?

domingo, 28 de abril de 2013

O Fato Mais Incrível do Universo

O astrofísico Neil DeGrasse Tyson foi questionado em uma entrevista para a revista TIME, "qual é o fato mais incrível que você pode compartilhar conosco sobre o universo?" Essa é a resposta dele:

*Para assistir em uma qualidade superior, porém sem legendas, acesse o link: http://vimeo.com/38101676



segunda-feira, 22 de abril de 2013

Dia Internacional da Mãe Tera




Como algumas pessoas sabem, hoje, dia 22 de Abril, é o Dia Internacional da Mãe Terra! Mas vocês sabem como surgiu esse dia?

Apesar de só ter sido oficializado no dia 22 de Abril de 2009 pela ONU, o primeiríssimo Dia da Terra foi comemorado em 22 de Abril de 1970, iniciado por Gaylord Nelson, um senador americano. Nesse dia, milhares de Estadunidenses, com o apoio de Universidades e de escolas foram às ruas protestar contra a destruição ambiental.   
O resultado de tão grande manifestação foi a criação da Agência de Proteção Ambiental (Environmental Protection Agency), e de várias leis de proteção ao meio ambiente.

Deixando a história de lado um pouco, não posso deixar de falar que a Terra É o NOSSO LAR, e portanto temos que cuidar dele, por mais clichê que isso pareça. Nesse dia, devemos nos lembrar da nossa responsabilidade em proteger nossa casa, e de que, a toda ação tem sua consequência...
Vamos usar esse dia, bem como todos os outros, para criarmos uma consciência de que não é mais viável que continuemos a destruir nosso planeta, como estamos fazendo... 
Comecem com pequenos passos, conscientize seus familiares e amigos, leiam sobre o assunto... 

Assinem, não vai demorar nem um minuto!


Evolução!

http://www.youtube.com/watch?v=XD-6wzCLW2c
Um lápis, uma caneta: o mundo. Meu primeiro desenho animado. Não tem fim porque acabei perdendo o desenho antes de terminá-lo, mas seria uma homenagem à veterinária, por incrível que pareça.
Obrigado!

domingo, 21 de abril de 2013

O planeta visto de cima...

Tendo lido a postagem anterior (trecho do livro Canção da Guerra), fica claro que o meu personagem (Romulo) tem o hábito de olhar para as estrelas, pois fazer isso lhe dá uma perspectiva diferente da vida e do universo. Sensação parecida eu tive ao assistir a este Time-Lapse, com imagens da Estação Espacial Internacional (ISS):

Obs.: Recomendo assistir no link  http://vimeo.com/61487989, em que a qualidade é muito superior.




1. A “zona do crepúsculo” (limite entre a parte iluminada e a escura da Terra)
2. Erupção do vulcão Sarychev (Ilhas Curilas)
3. Da Turquia ao Irã*
4. Furacão Irene atinge os EUA
5. Oceano Pacífico*
6. Grandes Planícies da Europa*
7. Aurora Boreal sobre o Oceano Atlântico Norte*
8. Aurora Boreal sobre o centro dos EUA*
9. Costa leste da América do Norte*
10. De Myanmar à Malásia*
11. Da Europa Ocidental à Índia Central
12. Do Oriente Médio ao Oceano Pacífico Sul
13. Aurora boreal sobre a Europa*
14. Luzes de cidades do Oriente Médio*
15. Luzes de cidades da Europa*
16. Da costa noroeste dos Estados Unidos ao centro da América do Sul
17. Brilho lunar sobre o Canadá e o norte dos Estados Unidos*
18. Céu estrelado sobre o Oceano Pacífico (1)
19. Céu estrelado sobre o Oceano Pacífico (2)
20. Céu estrelado sobre o Oceano Pacífico (3)
21. Estrelas e a Via Láctea sobre o Oceano Atlântico*
22. Via Láctea e tempestades sobre a África (1)
23. Via Láctea e tempestades sobre a África (2)

Canção da Guerra


                                                                             Nada
Lucas e Romulo, que acham que encontraremos por detrás das colinas que envolvem nosso vilarejo? Acham que retornaremos com nossas ninfas?
– Olha, Rafa, a gente não deve ser pessimista, ter medo. Mas acho que devemos trabalhar com a realidade: o mundo que estamos indo de encontro é cheio de perigos, tem muita coisa ruim acontecendo por ai. Temos é que torcer, afinal, é nesse mundo que estão nossas ninfetas...
– Talvez não. – Interrompe Romulo com a voz preenchida por fé.
–...continuando – falou Lucas com ironia – é nesse mundo que estão nossas meninas. Devem estar por ai se alimentando para que estejam sadias quando nos encontrarem. Sabe como é né? A gente arremedeia elas, é ou não é Rominho?
Pessoal mais superficial esse que caiu para andar comigo. Rafael e Lucas, hã! Que piada. Antes fosse o Platão ou o Bola de Queijo, pensou Romulo.
– Bem, talvez nossas felinas estejam em outra dimensão. Mas, considerando que elas estejam aqui em nossa terra, não precisamos de aflição. Tudo que precisamos, carregamos em nossa alma, seja a coragem, a fé, a força ou o poder. Vejo nas estrelas e, como vocês sabem, embora de nada eu tenha certeza nessa vida, nossa principal missão consiste em evoluir espiritualmente...
Os dois que estavam ouvindo caíram na gargalhada. Julgavam Romulo reflexivo demais. Que viajante! - Riam enquanto seguiam para a fenda que os separaria de seus berços.
– Olhem para ela ai em frente – Lucas apontou com o indicador, de peito erguido – é lá onde se inicia nossa formação em homens completos, dotados de nossas companheiras e da paciência adormecida que elas vão despertar em nossa personalidade – Apontava a Fenda do Maiô, uma rocha enorme, dividida ao meio e que podia ser vista de Belo Campo, era intensamente vermelha e abraçava o horizonte para a esquerda e para a direita onde os olhos pudessem a ver; em sua base, havia pouca vegetação. Atrás dela repousava a floresta do Jaraguá. Essa rocha era o horizonte sulista de Belo Campo e além dela, tudo era desconhecido, nada se via. Por esta fenda, poucos habitantes de Belo Campo passavam, normalmente os que o faziam eram também rapazes que seguiam seus caminhos.
Sabiam que havia além da enorme pedra a grande floresta da Serra do Jaraguá, que imaginavam ser semelhante àquelas das histórias infantis: cheias de árvores, animais, flores, rios e etc..
– É, companheiros, após a fenda do Maiô vamos encontrar a danada da Jaraguá, que tanto ouvimos falar. Por trás dela devem estar os guerreiros que amedrontam as velhinhas e as meninas de Belo Campo, né Romulo? – e Rafael olhou para o menino, vendo se a ironia tinha sido entendida. “Que lerdo!”, concluiu quando viu que não – Dizem que esses soldados querem chegar até onde o mal nunca chegou. Como é o caso de nosso povoado. Mas não vamos permitir, não é mesmo? – Rafael falava com o entusiasmo juvenil de quem não sabe muito bem o que está falando.
– Eu não pretendo me envolver nesta questão, afinal, de acordo com o que desenvolvi filosoficamente todos esses anos, tudo no universo existe seguindo um equilíbrio natural, portanto, os famosos “briguentos”, acho que vão cair sem que nos metamos – murmurava Romulo, enquanto olhava para o céu, buscando ver muito além do azul que lá estava.
– Pois eu não pretendo me envolver e não temo. Ninguém pode chegar a Belo Campo, como diz o ancião. Tudo deve ser novela das mexeriqueiras de Belo Campo – concluiu Lucas convencido, com a mão direita de punho fechado no peito – eu confio no ancião! – completava aos gritos – Venham com porcos, que devolvemos toucinho!
Ultrapassando a fenda, depararam-se, sobre um morro, com a tão falada Floresta da Serra de Jaraguá. Abaixo deles, viam como era realmente imensa, muito maior do que tudo que já imaginaram. Era um oceano verde. De acordo com as escrituras mais antigas, que Romulo tinha costume de ler quando passava as tardes na casa de sua avó em Belo Campo, ali, milênios adiante, existirá uma pequena floresta, chamada Amazônia, que para os leigos, oxigenará o mundo. A maioria de suas árvores eram gigantescas, produzindo sombras gélidas mesmo no mais intenso trabalho solar. Havia aquelas cujos troncos eram ásperos e grossos, tão grossos que dez homens não os abraçavam e outras com colmos tão finos que subir neles seria tarefa impossível. As copas eram semelhantes às abóbadas dos maiores templos de Zórnia, de um verde intensamente escuro que, vistos por baixos, davam aos galhos que as estruturavam, a aparência de vasos sanguíneos suprindo um grande coração. Existiam muitos tipos de árvores na composição da atmosfera daquele monstro verde, como as mamoneiras, cujos troncos eram finos e altos, lisos que chegavam a brilhar; ou como as cerolhudas que tinham troncos que engordavam no meio, de onde também expunham espinhos e também tinham as Micidunas, baixas, que em cujas bases dos troncos eram largas e com ápice fino, formando um triangulo tuberificado. A essência, porém, daquela miscelânea de vegetações era a imponência e o ar fúnebre que passavam.
De noite, esse lugar deve ser pura treva, mais escura que a taberna do nosso vilarejo! – refletia Rominho, sem querer deixar os amigos perceberem sua aflição.
– Que tipo de animais será que encontraremos aqui? – questionou Rafael, medroso como era, olhando à sua frente, os poucos metros que a densa floresta permitia.
– Anseio por escuridão – procurava parecer corajoso - Através dela, quem sabe no céu eu não veja as Três Marias que serão a alforria de nossa empreitada? – resmungou aquele que procurava nos esconderijos da natureza, suas respostas: Romulo.
– Então observa bem o céu ai Romulo. Nessa floresta cujas árvores possuem copas que bloqueiam inclusive os olhares de Zórnia quem dirá ver daqui as estrelas? – dizia Lucas, satisfeito por cortar a esperança do colega – No mais, tente. Quem sabe não nos livra dessa? – retrucou, pondo a mão da testa, como fazia em Belo Campo quando o Sol ardia e era necessário proteger os olhos para seguir olhando adiante – te prometo um livro sobre Geometria da Vida se realmente ver algo!
– Só aceito se for da renomada autora Mademoiselle Charlatã! Tudo bem?
– Combinado – e deu um tapa no ombro do companheiro - Então, aguce seus sentidos e nos ilumine o caminho, se é que é capaz disso.
– Lógico que tentarei, um caminho há de haver! – respondia com esperança. “Há de haver”, torcia.
– Espero que haja mesmo um caminho de ida e especialmente um de volta. E que não topemos com os tais “briguentos” – interrompeu o diálogo, esperançoso, Rafael.
– Estamos íntimos dos chefões, hein? – falou rindo, Luluxas, pondo os outros dois, mesmo abismados com a vastidão daquilo que tinham a frente, também a rir.
Romulo, alegre com a promessa do amigo, ansiou como nunca pela noite próxima que já chegava, na esperança de ver estrelas que viviam escondidas sobre as luzes que Belo Campo emanava. Esperava ver a alegoria das três Marias, que significassem as três mulheres que os completariam.
Caminharam por todo aquele longo dia. A cada passo que davam menos viam o caminho e mais se surpreendiam com tudo que havia à volta: eram grandes flores, de todos os tipos de tamanhos, tipos e cores – difíceis de serem justamente admiradas, visto a quase completa ausência de luz que ali existia –, plantas trepadeiras, aranhas do tamanho dos pratos que usavam para se alimentar em suas casas. Viam-se aves coloridas, negras, grandes e pequenas. Existiam répteis por todos os lados, porém nenhum muito grande. Haviam também anfíbios em todos os cantos, inclusive longe de fontes de água – o que era possível graças ao alto teor de umidade que aquela floresta embarcava. Além desses animais comuns, existiam grifos, cervos celestiais, unicórnios e cavalos alados zanzando na mata, e lendas de deuses cisnes, mas raramente vistos, ariscos como eram. Todos esses animais faziam múltiplos barulhos, eram coaxados para um lado, pios para outro, roncos acima, chocalhos abaixo, uma verdadeira sinfonia. Dentro de todo este som, no entanto, após o dia todo andando, mergulhando floresta adentro sem saber exatamente para onde estavam indo, já vendo a noite próxima, ouvem um som distinto:
– Ouvem? – Questionou Rafael
– Nada – responderam juntos os outros dois, sem interesse.
– Tem certeza que não ouvem nada?
– Nada.